Em outra ocasião, fui ajudar um amigo a resgatar um colômia dew Jataís que estavam instaladas e um mourão que servia de batente da porteira, este por sua vez, seria trocado por estar comprometido em sua base pela umidade.
Fomos então às atividades e, observei que ali, um pouco mais acima da entrada das Jataís, era também uma morada de Mirim Preguiça - Friesella schrottkyi (Friese, 1900), acabamos por serrar o tronco dividindo esta família em duas partes. Trouxe as duas, na esperança de que ao menos uma se salvasse. E assim foi feito, o enxamezinho está ativo à uns 5 meses.
Observei que elas abitam somente uma fresta em "Y", parecendo faltar espaço para elas. Decidi então fazer uma pequena caixa que pudesse ser colocada na extremidade em que se retirou a outra metade quando foi serrada, induzindo-as a realizar postura neste espaço. possibilitando uma multiplicação futura caso elas nos dê condições para isso. Sondei uma vez bem rápido, e deu pra ver que elas adotaram o novo cômodo ! A movimentação está mais intensa, com bastante entrada de pólen... o dia que for fazer outra vistoria tiro umas foto. Olha o vídeo da movimentação que fiz hoje!
Aproveitando o final da temporada para multiplicação de colônias, hoje faremos uma divisão da espécie Triginini, a Tetragonisca Angustula, mais conhecida como Abelha Jataí. Com todo material necessário (CAIXA MODELO INPA + ESPÁTULAS + CAIXA DOADORA), demos início à divisão.
Primeiramente, abrimos a caixa para analisar o material que será retirado para a caixa "filha", sendo eles discos de cria maduros, batume, cera e campeiras. Estes, necessariamente, devem estar abundantes para possibilitar a doação para uma divisão.
Depois de retirado o invólucro do ninho, constatamos a presença de 11 quadros de postura como podemos observar na foto, os mais claros são os que possuem abelhas prestes a nascer (Quadros Maduros), onde, os mais escuros mais ao topo, são os discos recém fecundados pela rainha, estes devem permanecer na caixa mãe.
Outro detalhe que sempre temos de estar atentos em divisões da espécie trigonini, é a presença de célula real ou, realeira no discos que serão doados à nova colônia que será formada. Tarefa que foi bem difícil, pois aparentemente, a realeira deveria estar exposta nas bordas dos discos, o que não foi constatado. Tive de recorrer à uma 2° colônia e retirar alguns discos que estavam no topo, onde haviam algumas células de tamanho um pouco maior, mas não como já presenciei em outras divisões.
Finalizei então a divisão, mas com a dúvida sobre as realeiras !
Em conversa com alguns amigos mais experientes, nem sempre a presença da realeira é garantia de sucesso, segundo relatos, é possível que princesas órfãs possam adotar a colônia na falta de rainha ou até mesmo de princesa nascente.
Estaremos observando o desenvolvimento desta colônia, em breve postaremos mais detalhes!
